1) Concluir o curso de Relações Internacionais (3 matérias +
TCC): minha história com essa graduação se arrastava desde o início de 2013 e
eu estava cada vez mais infeliz com o curso. Nada parecia dar certo e cada
resultado negativo que eu acumulava era mais um estímulo para eu desistir de
vez. Até o meio de 2017, quando eu botei na minha cabeça que me formar em RI
era indispensável para a minha próxima meta, eu não tinha nenhuma ideia de
quando ou como poderia me graduar. Faltava tão pouco, eu estava quase na praia,
mas não tinha vontade de nadar. Em 2018 me esforcei loucamente, passei nas três
únicas matérias que faltavam (entre elas Cálculo e Estatística, que me
apavoravam desde o primeiro ano) e entreguei meu trabalho de conclusão de curso
(no forno desde 2015). A colação de grau, algo que eu nem sonhava, será em
março.
2) Voltar a estudar Jornalismo: seguir somente com RI era algo
que me deixava muito insatisfeita porque eu não sentia naquilo uma paixão. É um
campo que eu aprendi a amar e respeitar, mas não me bastava. Sentia a falta de
um complemento para o que eu aprendia, um modo de colocar em prática tudo que
eu estudava. Decidi correr atrás do ano de Jornalismo que eu já tinha feito lá
longe, em 2013, e trancado por não aguentar fazer duas graduações ao mesmo
tempo. Com mais planejamento e determinação, prestei o vestibular para reaver a
minha vaga e me matriculei no segundo ano da graduação. Terminei os dois
semestres sem grandes loucuras nem arrancar os cabelos, muito mais tranquila
com a escolha que fiz.
3) Melhorar a minha alimentação: eu precisava não de uma
reeducação alimentar, mas de uma educação desde o nível mais básico – eu não comia
quase nada. Sem a ajuda de uma nutricionista, muito dificilmente teria
alcançado alguma melhora sozinha. Aprendi novos sabores, texturas e pratos, e
isso extrapolou o que eu esperava. Infelizmente, com a lesão que tive em abril,
da qual falo mais na próxima meta, perdi o tesão em me alimentar de maneira
melhor e mais regrada por um tempo. O lado bom é que essa semente já foi
plantada em mim, e sem dúvidas quero voltar a ter esse empenho.
4) Fazer exercícios físicos regularmente: até abril estava
tudo uma maravilha. Eu corria que era uma beleza, tinha pique, ânimo e bons
resultados. Quando me machuquei, entrei em parafuso e fiquei em pânico com a possibilidade
de ter ferrado de vez meu tornozelo – de novo, de novo e de novo. Cada mínima
pontada de dor me deixava mais para baixo e eu escolhi o sedentarismo por medo
e comodidade. Demorei para marcar a fisioterapia, e muito mais para readquirir
confiança em mim – e no meu pé, meio fraquinho, mas ainda o meu pé.
5) Continuar com os remédios e a terapia: não são baratos ou
fáceis. Não é só engolir toda noite um comprimido que aparece magicamente na
minha gaveta ou chegar em tempo para uma sessão de uma hora toda semana. Quando
percebi que comecei a melhorar substancialmente com essas duas coisas, levantei
uma resistência na minha cabeça. Um medo da dependência, não queria admitir que
isso funcionasse. Consegui grandes progressos e, por mais que às vezes bata uma
dúvida ou outra, não pretendo parar.
6) Voltar a estudar alguma língua estrangeira: essa foi uma
promessa bastante otimista. Não sabia que eu realmente não teria como me
dedicar a nada além das faculdades e do TCC esse ano. Tudo bem, não desisti,
apenas adiei essa meta.
7) Arranjar um bom estágio no segundo semestre: novamente, eu
achava que teria mais tempo e que não teria problema em acumular várias tarefas.
Até fui chamada para uma vaga muito legal no fim do primeiro semestre, mas tive
que recusar - depois vi que foi bom não ter aceitado. Quando escrevi essa meta, não imaginava que no
último mês do ano conseguiria a vaga de estágio dos meus sonhos para o ano
seguinte. De forma inesperada, consegui cumprir com o que eu tinha planejado.
8) Ler 30 livros em 12 meses: há alguns anos eu já não lia
como antes. Primeiro pensei em dois livros por mês, nada de outro mundo para os
meus hábitos passados. Aumentei a contagem em seis para arredondar o número
final. Infelizmente empaquei em vários livros chatos (comecei, desisti,
abandonei) e tive muitas coisas para ler em ambas as faculdades. Terminei o ano
com 17 livros lidos, e pela primeira vez anotei o nome de todos.
Outras coisas interessantes (para mim, pelo menos) que eu
consegui em 2018: cortei meu cabelo bem curto e aprendi a fazer minhas próprias
unhas. São coisas que parecem simples, mas que impactaram muito a minha imagem
e autonomia nesse ano.
Para o próximo ano, já pensei nas minhas metas, e vou
escrevê-las na minha agenda assim que postar esse texto. Mantive três das que
fiz para o ano passado, pensei em três bastante desafiadoras (mexem com medos e
incertezas) e coloquei também duas relativamente bem bobinhas, para ter a
certeza de segui-las. Mal posso acreditar que esse ano vai começar, e não tenho
ideia do que vou encontrar no caminho. Quero olhar de longe com um pensamento
otimista, tão diferente do meu mau humor de sempre, para que eu não me deixe cair
de novo, sem forças para levantar, no poço sem fundo que eu já conheci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Espaço abaixo: Pra quem leu o post e tem qualquer coisa a dizer. Deixe também o email ou site.