quinta-feira, agosto 27, 2009

I Parte

Querido Diário,

Agora que descobri como colocar senhas em documentos de texto, por que não? Afinal, tão simples. Espero que com ele volte a escrever, nem que sejam todas baboseiras cheias de pequenas linhas vermelhas embaixo.

O.k., devo escrever sobre minha vida ou talvez sobre quem ou seu ou sobre os meus problemas? Sobre os meus problemas seria por demais complicado, devido à sua constante ocupação de minha mente, durante todo tempo ocioso ou não. Sobre quem sou eu, do que adianta, se num dia me acho algo mas logo depois já me colo à alguma definição? Sobra-me, por mais óbvio que seja para um diário, um retrato sobre meus dias. Sem rascunhos? (Ou seria a minha vida um próprio rascunho?).

Acontece que não tenho experiência alguma nesse campo. Na verdade, o que eu achava que era experiência devia ser talvez uma explosão infantil numa caderno de folhas azuis e perfumadas, com bordas decoradas. Mais ou menos desabafos. Contudo ainda não tão graves de jeito algum tão desesperados. Coisas que hoje no piscar dos meus olhos por trás das lentes dos óculos eu resolvo. Ou pelo menos engulo mais facilmente.

Talvez, escrever sobre minha história, o que já aconteceu ou que eu quis que acontecesse. Ridiculamente fácil caso eu possa alterar fatos ordinários, como nomes, datas, endereços e telefones, e quem sabe, adicionar alguns pontos ali e aqui.

Documento arquivado, em pasta nova, tinindo de nova. À luta, já? Quem diria que tanta euforia em chegar ao meu lar eu transformaria em disposição para voltar aos escritos? Ninguém, ninguém...

terça-feira, agosto 11, 2009

De volta

25 de Março, para quem passou um mês na gelada e educada Alemanha, é um prato cheio. Subir a Ladeira Porto Geral perto do horário de almoço, no sol, pra mim é ser paulistana outra vez. Pegar metrô pra lá e pra cá (os trens novos tem até cheirinho de novo!) é mais básico. Ouvir neguinho gritando (aleluia, em português!) cada produto maluco e te chamano de mina mais linda do Brasil, soa como 'seja muito bem vinda!'
Eu, com essa cara de turista (devido ao cabelo novo), olhos esbugalhados de não saber pra onde olhar numa confusão de compras, lojas e rapas, procurei o que queria, pechinchei e comprei sim. Umas coisinhas pro cabelo, um chaveirinho e, claro, um livro. Esse foi na Livraria Cultura do Conjunto Nacional na Paulista, mas que não deixa de ser parte das 'Compras da 25'!