Os últimos sinais são os mais sutis e importantes para se chegar a uma conclusão final sobre o amadurecimento desta fruta
O cheiro de banana verde é característico. Limpe seu olfato para experimentar. Aprenda na tentativa e erro, cheirando sempre a banana antes de comer, principalmente na feira ou no supermercado, para sentir o real cheiro de banana verde. A banana madura tem cheiro de banana, enquanto a verde tem um cheiro característico de despreparo, incompletude.
A força a ser feita para separar a banana do cacho também deve ser considerada. Este é um dos indicadores menos precisos dentre os apresentados nessa lista, mas, aliado aos demais, pode contribuir para a análise sobre o amadurecimento da banana.
Uma banana razoavelmente madura pode necessitar de alguma insistência para se soltar, mas ainda estar apetitosa. Caso ela se desligue com facilidade, sendo necessários apenas alguns movimentos de torção, está pronta para o consumo; se a casca nem apresenta quebras ao ser puxada, pode precisar de mais alguns dias.
Estando amarela, porém levemente esverdeada no cabo, a banana está quase no ponto. Se você não se incomoda com um suave gosto de verde, não haverá problema.
Muitas manchas pretas, moles ao toque, por outro lado, são um indicativo de que a banana já passou do tempo. Ainda é comestível, mas não faz o meu tipo.
Por fim, a capacidade de manter uma ereção ao colocar o preservativo.
Além de indicar uma possível falta de intimidade com o parceiro e com o próprio corpo, a perda de sustentação, quando recorrente, demonstra que a banana analisada não sabe lidar com os seus próprios medos e inseguranças. Há uma dificuldade em expor suas fragilidades, assumir responsabilidades e riscos, e uma complexa falta de preocupação com as possíveis consequências para consigo e com os demais.
Enfim, banana é uma delícia. Previne contra câimbras, inclusive.
quinta-feira, julho 25, 2019
sábado, julho 20, 2019
Pontos de vista
- Quero apostar com você que naquele apartamento, a única
luz acesa naquele prédio, vai rolar uma sacanagem, e das brabas, daqui a pouco.
Essa roda de cartas na varanda, por mais desanimada que pareça, não me engana. Daqui
a pouco, com ou sem álcool, na luz de LED ou na penumbra do luar, alguém vai
empurrar uma cadeira, um chinelo vai voar, vão correr para estender uma toalha
a cobrir o guarda-corpo, ou nem isso. Eles vão se apoiar em qualquer lugar, na
pia da churrasqueira mesmo, um de cada vez ou todos ao mesmo tempo, em casais
ou outros formatos, aos berros ou tranquilos. Eu tenho certeza que esse pôquer,
ou o que quer que seja, logo evolui para a baixaria completa quando alguém
sugerir, discretamente, que se abandonem os naipes marcados, e se consumam os
reis e rainhas. Isso vai virar uma mistura de baralhos e jogatinas, lançados em
rodada única onde ninguém fica sem embaralhar e distribuir o que se tem nas mãos.
***
- Quero apostar com vocês que naquele gramado, onde aquele
casal jovem estendeu uma toalha, vai rolar uma sacanagem, e das brabas, daqui a
pouco. Eles estão tão calminhos agora, jogando conversa fora e tomando cerveja,
mas eu sei que os hormônios nessa idade são impossíveis. Logo menos o papo
descamba para os absurdos e o tesão impera, numa ânsia de contar vantagem, e
eles não vão aguentar sem se mostrarem como os mais experientes em um raio de
mil quilômetros. Vão rolar para fora da toalha, passar por cima de todas as
latinhas, se exporem a esse orvalho desgraçado, sem nenhum pudor, só para se
provarem e provarem, para quem quiser ver, que tem coragem sim. Só vão sobrar
as meias nos pés, todo o resto vai pela grama, contornos borrados pela
distância, longe da iluminação do único poste, quando as nuvens encobrirem a
lua cheia. Depois das arfadas e dos gemidos, os sons que tentam segurar, vão ficar
em silêncio, sem precisar de palavras para mais nada, nem o que não sabem.
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