Não tenho nem como pedir desculpas por passar tanto tempo sem escrever. Sempre sou eu quem mais perde por deixar notas e rodapés criativos apenas como notas e rodapés. Alguém discorda?
Vou me alongar na conversa (monólogo) hoje porque eu quero.
Segunda a sexta (basicamente): são horários sem brilho. Eu tento comer alguns papéis, o dedo ossudo do cotidiano cutuca minha garganta e eu vomito meus defeitos em um pequeno espaço pré-determinado.
Claro que alguns momentos têm sim sua graça, o espírito da alegria em si para levantar meu sorriso. Quando caio na realidade (sempre achei realidade um nome tão ilusório) e nos rostos vazios à minha volta, caio na tristeza.
Odeio chegar, odeio partir. Em todas, e eu disse todas, as situações.
Sábado: mais uma mentira. Às vezes um sonho que faz meu cérebro virar manteiga, outras vezes um pesadelo de rochas no meu crânio.
Domingo: fico na cama o dia inteiro. Não levanto.