quinta-feira, janeiro 13, 2011

Buraco negro

Meu coração cheio de amor
É um errante buraco negro
Como se o anestesista
Espetasse os próprios dedos

Nenhum transplante tiraria
Deste peito mal-tratado
Tal órgão apodrecido
Tanto sangue envenenado

Ninguém vê que esta máquina
Que eu finjo que funciona
Existe nas mentiras
Se sustenta naquele sem-vergonha...

Dizem que o doer é normal
Espero que o remédio possa tanto me ferir
Faça o favor de me destroçar
Me deixar sem existir

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Espaço abaixo: Pra quem leu o post e tem qualquer coisa a dizer. Deixe também o email ou site.