quarta-feira, outubro 28, 2009

Enquanto isso...

A abelha, deitada com as patinhas pra cima, agonizava. Não conseguia se virar, mexia-se com sua forcinha leve ao máximo e nem saía do lugar. Eu tive pena, e nojo, de mata-lá com uma bela chinelada para finalizar o sofrimento. Preferi observar por um tempo a incapacidade do pequeno inseto, suas asas debilmente em contato com o mármore frio. Sentiria ela frio? Ou medo? Não me lembro da parte da aula em que a professora descreveu o sistema nervoso das abelhas.

Decidi ignorar, mais tarde escrever sobre isso.

Quando arranjei papel, caneta e inspiração, encontrei a abelha perfeitamente morta, com as asas para cima. Parecia querer voar.

2 comentários:

  1. Você sabe usar as palvras, muito bom!

    Uma abelha a menos no mundo.

    Fusco

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  2. seria a posição de vôo um sinal de que a abelha tentava se livrar do sofrimento, que foram os ultimos instantes da sua vida?

    sera a abelha é você?
    ou sera a abelha naquela situação, um ser com o qual você "tem algo em comum"?

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